Índice
Introdução
Quando a enxaqueca dá dor no corpo, essa dor geralmente resulta da liberação de substâncias inflamatórias e da sensibilização do sistema nervoso central, afetando não apenas a região craniana, mas também outros sistemas corporais.
Estudos recentes da Sociedade Brasileira de Cefaleia indicam que aproximadamente 70% dos pacientes que sofrem com enxaqueca também relatam dores musculares e articulares durante as crises. Essa condição impacta significativamente a qualidade de vida e a saúde geral dos afetados, conforme documentado pelo Ministério da Saúde em suas diretrizes de 2024 para tratamento de cefaleias.
Enxaqueca dá dor no corpo?

A enxaqueca vai muito além de uma simples dor de cabeça. Ela costuma se manifestar como um conjunto de sintomas que afetam todo o corpo, impactando a qualidade de vida de forma ampla e significativa.
Sintomas sistêmicos da enxaqueca
Os pacientes que relatam que a enxaqueca dá dor no corpo geralmente apresentam um padrão específico de sintomas sistêmicos. De acordo com pesquisas publicadas no Journal of Headache and Pain (2023), mais de 70% dos pacientes experimentam dores musculares difusas durante as crises.
Além disso, a sensibilização central do sistema nervoso contribui para que a enxaqueca cause dores no corpo mesmo em regiões distantes da cabeça. Por isso, pacientes frequentemente reportam sensibilidade aumentada ao toque e dor generalizada.
Sintomas sistêmicos comuns associados à enxaqueca:
- Dores musculares no pescoço e ombros.
- Rigidez articular, especialmente na região cervical.
- Sensibilidade cutânea generalizada (alodinia).
- Fadiga muscular persistente.
- Sensação de peso nos membros.
Por que a enxaqueca pode causar dor corporal?
A complexa fisiopatologia explica porque a enxaqueca dá dor no corpo em múltiplas regiões simultaneamente. Primeiramente, a liberação de neuropeptídeos inflamatórios durante as crises sensibiliza receptores de dor por todo o corpo.
Ademais, estudos conduzidos pela UNIFESP (2023) demonstram que alterações no processamento central da dor amplificam sensações dolorosas mesmo em áreas não diretamente afetadas. Assim, muitos pacientes desenvolvem pontos-gatilho miofasciais que perpetuam a dor mesmo após a resolução da cefaleia.
Mecanismos que conectam enxaqueca e dor corporal:
- Liberação sistêmica de CGRP (peptídeo relacionado ao gene da calcitonina).
- Sensibilização dos nervos trigeminais e conexões com o sistema nervoso autônomo.
- Ativação persistente de vias nociceptivas centrais.
- Alterações na modulação descendente da dor.
- Disfunção da junção craniocervical.
O papel do estresse e saúde mental

O estresse crônico representa um fator determinante para que a enxaqueca cause dores no corpo de forma difusa e persistente. Nesse sentido, a tensão muscular induzida pelo estresse cria um ciclo vicioso que amplifica tanto a frequência quanto a intensidade das crises.
Simultaneamente, comorbidades como ansiedade e depressão, presentes em aproximadamente 60% dos pacientes com enxaqueca crônica no Brasil, intensificam a percepção da dor. Por fim, a qualidade do sono também influencia diretamente a manifestação dos sintomas corporais associados à enxaqueca.
Fatores psicológicos que influenciam a dor corporal na enxaqueca:
- Estresse crônico e tensão muscular associada.
- Transtornos de ansiedade e amplificação da percepção dolorosa.
- Quadros depressivos e alterações nos neurotransmissores moduladores da dor.
- Distúrbios do sono e impacto na recuperação muscular.
- Catastrofização da dor e comportamentos de evitação.
Como lidar quando a enxaqueca dá dor no corpo?
O controle eficaz da enxaqueca e das dores corporais associadas requer uma abordagem multifacetada que combine intervenções médicas e mudanças no estilo de vida. Estudos recentes demonstram que o manejo adequado pode reduzir a frequência das crises em até 50% (Sociedade Brasileira de Cefaleia, 2024).
Tratamentos médicos e analgésicos
Quando a enxaqueca dá dor no corpo, o tratamento farmacológico adequado torna-se essencial para recuperar a qualidade de vida. Nesse contexto, o uso de triptanos pode reduzir tanto a dor de cabeça quanto os sintomas corporais associados.
Além disso, beta-bloqueadores e antidepressivos tricíclicos são frequentemente prescritos como medicamentos preventivos, especialmente para pacientes com enxaqueca crônica. Assim, estudos indicam que anticonvulsivantes como o topiramato podem diminuir significativamente a frequência das crises.
A automedicação, entretanto, representa um risco considerável, uma vez que o uso excessivo de analgésicos pode levar à cefaleia por uso excessivo de medicamentos, piorando o quadro clínico original. A tabela a seguir apresenta algumas informações importantes sobre o uso de medicamentos:
Medicamento | Uso | Eficácia na redução da dor corporal |
---|---|---|
Triptanos | Abortivo | Alta (70-80%) |
Beta-bloqueadores | Preventivo | Moderada (50-60%) |
Antidepressivos | Preventivo | Moderada a alta (60-70%) |
Anticonvulsivantes | Preventivo | Moderada (50-65%) |
Importância dos exercícios e fisioterapia

A prática regular de atividade física demonstra-se fundamental quando a enxaqueca dá dor no corpo, reduzindo tanto a intensidade quanto a duração das crises. Pesquisas realizadas pela Universidade de São Paulo (2024) revelam que exercícios aeróbicos moderados, praticados três vezes por semana, podem diminuir em até 40% a frequência das crises de enxaqueca.
A fisioterapia, por sua vez, oferece abordagens específicas para aliviar a tensão muscular associada às dores corporais. Técnicas como liberação miofascial e alongamentos têm mostrado resultados promissores, particularmente para mulheres que sofrem com enxaquecas relacionadas ao ciclo menstrual.
Ademais, o relaxamento progressivo e o biofeedback ajudam a reduzir a tensão física e emocional. Um estudo publicado na Revista Brasileira de Fisioterapia (2023) demonstrou que pacientes submetidos a 12 sessões de fisioterapia especializada apresentaram melhora de 65% nos sintomas de dor corporal associados à enxaqueca.
Quando procurar um médico da dor?
A busca por um especialista em dor é fundamental quando a enxaqueca e as dores no corpo persistem por mais de 15 dias por mês, caracterizando a enxaqueca crônica.
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A Dra. Isabela Dantas utiliza uma abordagem integrativa e multidisciplinar, avaliando o paciente de forma sistêmica. Essa é uma maneira de trazer alívio para as suas dores e obter uma melhora significativa na sua qualidade de vida.
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Enxaqueca dá dor no corpo? Conclusão
A enxaqueca dá dor no corpo com frequência, sendo este sintoma frequentemente negligenciado nos diagnósticos iniciais. É essencial que profissionais de saúde reconheçam a complexidade deste quadro clínico de maneira mais rápida. Dessa forma, o diagnóstico precoce e a implementação de protocolos específicos podem melhorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes.
Pesquisas futuras devem focar na personalização dos tratamentos, considerando as variações individuais na apresentação dos sintomas e na resposta terapêutica.