Dor e sono

Ter um sono de qualidade é um dos principais pilares de uma vida saudável. Uma boa noite de sono é essencial para a nossa saúde, não apenas física, mas também mental.

Dormir é um ato que ocupa nada menos que um terço de nossas vidas. Isso significa que ao completar 80 anos, uma pessoa terá passado cerca de 27 anos dormindo.

Alterações no padrão do sono podem causar consequências em diversos sistemas e processos fisiológicos do nosso organismo, inclusive na forma como respondemos aos estímulos da dor.

A relação entre dor e sono

Uma noite de sono de mal dormida contribui com o aumento da sensibilidade dolorosa no decorrer do dia seguinte. E aqueles pacientes que apresentam dores crônicas podem ter sua condição agravada caso apresentem fragmentação do sono.

Dados com comprovação científica nos mostram que pessoas que dormem menos que 6 horas por noite relatam mais queixas dolorosas no dia seguinte. E as que dormem ainda menos que isso, 3 horas apenas, aumentam em até 81% a frequência de dor.

Outro fato importante a ser considerado nessa relação dor e sono, é que cerca de 50% dos pacientes com dor crônica relatam algum problema para dormir de forma adequada, e esses problemas estão intimamente associados com a gravidade da dor.

A ciência ainda investiga essa ligação bem íntima que existe entre a dor e o sono, e a cada ano surgem novas evidências e informações sobre todos os mecanismos que a envolvem.

Mas o que já se conhece até então, é o suficiente para que os profissionais da saúde possam orientar seus pacientes da melhor maneira possível, recomendando hábitos que melhorarão consideravelmente a qualidade do sono e ajudarão na luta contra as dores crônicas.

O sono e a dor parecem compartilhar vias e neurotransmissores semelhantes. Por exemplo, a melatonina é o hormônio mais conhecido por seu papel na regulação do nosso ritmo circadiano, e novas pesquisas estão começando a descobrir o papel da melatonina e sua relação com a percepção de dor.

A perda de sono também causa inflamação no sistema imunológico, com efeitos correspondentes na resiliência do nosso corpo. Vitamina D e dopamina também parecem desempenhar um papel tanto no sono quanto na dor.

Estudos encontraram resultados diferentes para os efeitos da privação do sono em nosso limiar de dor e na capacidade do cérebro de inibir a dor. Pode ser que o sono altere a dor por diferentes vias, dependendo da condição e do tipo de privação de sono.

Portanto, é inquestionável que há uma retroalimentação entre quadros de dor e sono de baixa qualidade e/ou insônia.

Dicas para dormir melhor

Cultivar bons hábitos de sono podem ajudá-lo (a) a ter uma noite calma e tranquila.

Alguns hábitos que podem melhorar sua saúde do sono:

  • Seja consistente em seu propósito de dormir melhor. Vá para a cama no mesmo horário todas as noites e levante-se no mesmo horário todas as manhãs, inclusive nos fins de semana.
  • Certifique-se de que seu quarto esteja silencioso, escuro, relaxante e a uma temperatura confortável.
  • Remova dispositivos eletrônicos, como TVs, computadores e smartphones, do quarto.
  • Evite grandes refeições, cafeína e álcool antes de dormir.
  • Fazer algum exercício. Ser fisicamente ativo durante o dia pode ajudá-lo a adormecer mais facilmente à noite.

Quer saber mais? Entre em contato conosco e melhore consideravelmente seus hábitos!

A higiene do sono

Higiene do sono é o termo que usamos para nos referir ao conjunto de práticas que devem ser aplicadas em nossas rotinas pré-sono e até mesmo durante o dia, com o objetivo de garantir uma noite de sono reparadora.
É uma série de ações conscientes que contribuem para um sono saudável e restaurador.
Alguns exemplos de hábitos de higiene do sono:
• Ter um ambiente silencioso e escuro;
• Manter um horário de sono estável;
• Tornar seu quarto confortável e livre de interrupções;
• Seguir uma rotina relaxante antes de dormir;
• Criar hábitos saudáveis durante o dia;
• Consumir alimentos leves à noite;
• Não fazer uso de cafeína à noite;
• Evitar bebidas alcoolicas;
• Não utilizar aparelhos eletrônicos após deitar para dormir.
Cada pessoa pode adaptar suas práticas de higiene do sono para atender às suas próprias necessidades. No processo, você pode aproveitar hábitos positivos para facilitar o sono profundo durante a noite e acordar bem descansado.
É essencial ter uma rotina que antecede seu momento de dormir, dessa forma, seu corpo reconhecerá que está chegando o momento do descanso diário.
Quem consegue dormir melhor tem menos dor no dia seguinte.

Ansiedade

Pacientes ansiosos geralmente têm maiores dificuldades em ter um sono satisfatório e restaurador, e é muito comum que pessoas apresentem, além das dores físicas, quadros de ansiedade.

A boa notícia é que existem medicações que, além de combater a dor, trabalham para diminuir a ansiedade e melhorar a qualidade do sono.

É importante que você converse com o seu médico ou médica para que tenha um acompanhamento profissional de excelência com relação ao uso de alguma terapia medicamentosa que combata a dor e ainda ofereça algum princípio ativo que lhe conceda um sono profundo e relaxante.